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Defensor da permanência no ex-guerrilheiro Cesare Battisti no Brasil, o ministro Tarso Genro (Justiça), muniu-se de lenha.
Na última quinta (19), nas pegadas da decisão do STF que deu a Lula a última palavra sobre a extradição, Tarso levou novos gravetos à fogueira.
Disse que setores da sociedade e do governo da Itália reclamam o retorno de Battisti porque sofrem “influências fascistas”.
O ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, que noutras oportunidades dirigira críticas acerbas a Tarso, dessa vez borrifou água nas labaredas:
“Ele é livre para expressar sua opinião, como nós fazemos aqui na Itália”.
Deu-se coisa diversa com o presidente do Senado italiano, Maurizio Gasparri. O senador açulou o fogo:
“A amizade entre a Itália e o Brasil é tal, que podemos ignorar, mais uma vez, a patetice dita pelo senhor Genro”.
Os comentários do ministro da Justiça ecoaram também no Senado brasileiro. Líder do DEM, José Agripino (RN), disse:
“O governo italiano vai entender essa declaração como um insulto a sua realidade. O fascismo foi varrido da Itália há muito tempo...”
“...O ministro não deveria ter insultado a Itália com esta pejorativa declaração”.
Adversário de Tarso na política gaúcha, Pedro Simon, do PMDB, foi, por assim dizer, menos lhano que Agripino:
“O ministro perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Ele pode achar que Battisti deve ficar no Brasil, mas...”
Mas ...”o presidente tem que tomar a atitude correta e extraditá-lo, como determinou o STF”.
O diabo é que, diferentemente do que afirma Simon, o STF (Supremo Tergiversador Federal) decidiu não decidir.
Depois de referendar a extradição, transferiu a Lula a atribuição de devolver ou não Battisti à Itália, onde arrosta uma condenação por quatro homicídios.
Carlos Ayres Britto, que, depois de votar pela extradição, abraçou a tese de que cabe a Lula decidir, esforça-se agora para justificar a aparente dubiedade:
“Cada coisa em seu lugar. O Supremo decide sobre a extraditabilidade, a parte jurídica, encerra aí...”
“...Em sequência, vem a parte política, que é de responsabilidade do presidente da República”.
Lula já decidiu. Mas faz mistério. Para usar o linguajar de Ayres Britto, suponha-se que o presidente decida pela inextraditabilidade de Battisti.
A fogueira inaugurada por Tarso Genro parecerá brincadeira de criança perto do fogaréu diplomático que está por vir.
Na última quinta (19), nas pegadas da decisão do STF que deu a Lula a última palavra sobre a extradição, Tarso levou novos gravetos à fogueira.
Disse que setores da sociedade e do governo da Itália reclamam o retorno de Battisti porque sofrem “influências fascistas”.
O ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, que noutras oportunidades dirigira críticas acerbas a Tarso, dessa vez borrifou água nas labaredas:
“Ele é livre para expressar sua opinião, como nós fazemos aqui na Itália”.
Deu-se coisa diversa com o presidente do Senado italiano, Maurizio Gasparri. O senador açulou o fogo:
“A amizade entre a Itália e o Brasil é tal, que podemos ignorar, mais uma vez, a patetice dita pelo senhor Genro”.
Os comentários do ministro da Justiça ecoaram também no Senado brasileiro. Líder do DEM, José Agripino (RN), disse:
“O governo italiano vai entender essa declaração como um insulto a sua realidade. O fascismo foi varrido da Itália há muito tempo...”
“...O ministro não deveria ter insultado a Itália com esta pejorativa declaração”.
Adversário de Tarso na política gaúcha, Pedro Simon, do PMDB, foi, por assim dizer, menos lhano que Agripino:
“O ministro perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Ele pode achar que Battisti deve ficar no Brasil, mas...”
Mas ...”o presidente tem que tomar a atitude correta e extraditá-lo, como determinou o STF”.
O diabo é que, diferentemente do que afirma Simon, o STF (Supremo Tergiversador Federal) decidiu não decidir.
Depois de referendar a extradição, transferiu a Lula a atribuição de devolver ou não Battisti à Itália, onde arrosta uma condenação por quatro homicídios.
Carlos Ayres Britto, que, depois de votar pela extradição, abraçou a tese de que cabe a Lula decidir, esforça-se agora para justificar a aparente dubiedade:
“Cada coisa em seu lugar. O Supremo decide sobre a extraditabilidade, a parte jurídica, encerra aí...”
“...Em sequência, vem a parte política, que é de responsabilidade do presidente da República”.
Lula já decidiu. Mas faz mistério. Para usar o linguajar de Ayres Britto, suponha-se que o presidente decida pela inextraditabilidade de Battisti.
A fogueira inaugurada por Tarso Genro parecerá brincadeira de criança perto do fogaréu diplomático que está por vir.
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